sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A inimáginavel saga do Pisca-pisca

Já ouviu falar de empatia certo?
Empadinha não, empatia. Empadinha é bom. Tem nos buffets de café da manhã. Isso é maravilhoso.
Mas não é sobre essa maravilha do mercado alimentício que vou falar.
É sobre empatia mesmo.
Quem dirige em Caxias do Sul sabe que não é raro ver os motoristas entrando em ruas, trocando de faixa ou saindo de vagas de estacionamento sem sinalizar com o pisca-pisca.
Eu ando de moto, e sei como é perigoso isso. Já cai por conta de um motorista que saiu de uma vaga inadvertidamente. Desviei dele, mas não consegui desviar do chão que veio tão rápido ao meu encontro. ( Ele foi legal, se prontificou a acionar o seguro e eu graças a Deus não me machuquei.)
Todo dia vejo não uma nem duas vezes, motoristas fazerem manobras sem sinalizar. Todo dia, acontece algum tipo de acidente de trânsito na cidade. É só ligar o rádio na hora do boletim que eles informam qual a rua do dia que está sendo efetuada a ocorrência.
Essa semana, o avião que transportava a delegação do querido time da Chapecoense sofreu um acidente. 71 vítimas entre jogadores, repórteres, comissão técnica e tripulação do avião. Um desastre que abalou a nação e fez com que o futebol fosse encarado com a importância que deve ter.
Falo mais disso em outra oportunidade.
Quero me ater aos que ficaram.
Houve comoção nacional. Houve consternação e tristeza da parte de quem nunca assistiu um jogo da Chapecoense, ou mesmo conhece futebol. Os clubes mudaram seus avatares nas redes sociais em homenagem.
Houve empatia. Uns sofreram pelos outros.
Infelizmente, precisamos que algo tão terrível aconteça para que essa empatia se manifeste. Parece que é muito mais fácil sentir empatia no sofrimento.
O nosso querido J.C. disse "ame o próximo como se ele fosse você mesmo..." Ele disse "seja empático. Procure sentir o que o outro sentiria. Pra que você seja melhor do que é. Pra que você seja mais querido.
Procure pensar em sinalizar o pisca-pisca pra dobrar essa ou aquela esquina. Você vai avisar a quem vem sua intenção, vai ser mais fácil pra quem está do outro lado entender o que você vai fazer. Ninguém vai precisar frear bruscamente, e todos vão pra casa bem de boas.

Cara, Jesus é um ótimo motorista.

E sim, força Chape. Força familiares.



A opinião (quase) definitiva sobre aborto. Veja abaixo de quem é a culpa!

Vamos falar sobre hambúrger? Não
Vamos falar sobre balas Fini? Ah, sim são caríssimas no cinema. Busque um mercado no seu shoping e seja feliz assistindo qualquer coisa.
Ah, então vamos falar sobre buffet de café da manhã? Minha nova paixão de duas horas atrás...
Não, não Lismaicon, vamos falar de aborto. Ah, aborto parece legal mesmo de falar... To indo ali escrever.
Aborto. Um tema que divide todas as opiniões. Um tema sério que divide todas as opiniões. Afinal, tudo divide todas as opiniões, mas poucos temas são tão sérios e polêmicos.
Esse tema torna-se difícil pra um homem comentar, porque na prática, quem carrega o filho é a mulher e ... ~ TAN ~.
É exatamente aqui que quero parar e refutar esse pensamento que povoa algumas mentes.
Não é porque a mulher carrega o filho que ela tem toda a responsabilidade sobre ele. Enquanto homens e mulheres pensarem dessa forma, cada vez pior o mundo vai ficando.
Casei recentemente. Foi o dia mais maneiro da minha vida. De longe. Minha esposa estava tão alegre, e linda... Deu tudo tão certo que já estamos planejando a festa de alguns meses de casados e depois de alguns anos e por aí vai. Como não poderia deixar de ser, eu e ela tivemos nosso momento de casal. O famoso "Ximilimes". Enfim, não é a intenção expor. A intenção é falar sobre o sexo como um todo.
Falar dele, porque a forma como encaramos o sexo resulta em muitas coisas boas e ruins na sociedade.( Calma, as coisas já vão fazer sentido, acredite.)
Falei de casamento pra falar de sexo. Porque essa é minha realidade. As duas coisas andam juntas e não se pode separar uma da outra por nada. Sob pena de tudo estragar. Tipo tudo mesmo.
O sexo se interliga com mais assuntos dos quais nos damos conta. A sexualização de modelos em propagandas diversas é um exemplo disso. A conotação sexual que muitas das músicas que fazem sucesso no Brasil precisam ter, Enfim, o sexo está inserido em todas as esferas da sociedade. E com essa inserção vem a banalização.
Falei de casamento pra falar de sexo porque foi assim que Deus estabeleceu a ordem das coisas. Não que o sexo tenha função meramente reprodutiva. Muito antes disso. Segundo o que tá escrito na bíblia, é a partir dele que os casamentos eram consumados. É a partir dele que duas pessoas "se tornam uma só carne". E isso é a resposta.
Banalizar algo tão sagrado é o que gera a irresponsabilidade tão infelizmente difundida de homens com relação aos filhos. A aliança que ele gera não tem mais importância. Logo, as consequências se estabelecem. Logo aquilo que era pra ser uma exceção vira regra. Perdem-se as responsabilidades, em nome de uma vida onde aquilo que importa é a satisfação própria e momentânea. Homens deixam de cumprir seu papel de homens, que é o de imitar o amor que Cristo teve pela sua igreja. Abandonam, por entender que o único vínculo que importa é o da carne. Tanto o vínculo temporário de carne com sua parceira ( odeio o termo ficante, mas ele ilustra) como também o vínculo de carne que a mulher tem com o filho. É uma questão de viver sob consequências. O mesmo vale para as mulheres com relação ao sexo. Mas prefiro me manter do lado masculino da situação, porque acredito que temos mais culpa no cartório. Somos mais entusiastas da cultura do sexo pelo sexo. ( Embora possam haver exemplos contrários.)
O aborto é encarado como "solução" por acreditarem ser melhor não ter a criança do que faze-la sofrer por não ter estrutura familiar. Essa estrutura familiar, no entanto, é relegada a segundo plano.
É muito triste ver como homens amigos usam " se livrar da megera" ,sabe essas coisas, pra se referir ao casamento.
Infelizmente a igreja conseguiu deixar uma imagem ruim do evangelho. O que muitas pessoas maravilhosas pensam ao ouvir falar dele são regras e proibições. Não é sobre isso que se trata o evangelho de Cristo. É sobre a liberdade. Num mundo onde a liberdade vira uma prisão disfarçada, a mensagem de Jesus é diluída. As consequências estão aí.


Brasil 1 x 7 Alemanha, mas esse texto não é sobre futebol.

Bom, de muito em muito eu resolvo desdobrar alguma ideia de forma escrita, e a derrota acachapante da nossa seleção no jogo de hoje diante da Alemanha foi uma dessas ocasiões que me motivaram a digitar algumas palavras.
Foi-se o tempo em que a camisa amarela da seleção representava a elite presente do futebol mundial. Desde a última conquista mundial da seleção em 2002, o segundo time de todo brasileiro já não era um time como o nome já avisa, mas sim um amontoado de bons jogadores. Mas o Brasil já ganhou assim, como em 70, onde a maioria dos jogadores do meio campo e ataque jogaram deslocados de suas posições habituais. Deu certo. Aliás, deu certíssimo. Ganhamos e batemos no peito com orgulho de sermos do mesmo país da melhor seleção que já pisou um gramado de futebol em uma copa. Mas aquela seleção, bem como a de 2002 era cheia de extraordinários jogadores. Veja bem, EXTRA  - ORDINÁRIOS. Jogadores que iam além do ordinário, do normal, do comum.
Em 70, podia-se ganhar um tornei como a copa contando com talento somente. Em 2002, precisou-se do talento do (até o dia de hoje) o maior artilheiro das copas, em grande fase, assim como um camisa 10 igualmente decisivo, e ainda, em momentos em que ambos não puderam decidir, um gênio que acha um gol de falta, batendo direto de antes da intermediária, contra a Inglaterra.
Outra vez, talento puro.
A grande maioria dos jogadores, campeões e celebrados em 2002, voltariam ainda mais badalados em 2006. O talento resolveria novamente. Nesse momento, no entanto, começaria uma derrocada brasileira em copas, espelhando a cultura que motiva nosso país. Confiança em talento, no improviso, no "jeitinho".
Aquela seleção espetacular de 2006 tinha, acredito, o melhor elenco de muito tempo já reunido. Tinhamos CRAQUES, com todo peso dessa conotação jogando em alto-nível, sendo protagonistas em seus clubes. Tínhamos opções, igualmente preciosas e a perspectiva excepcionalmente  favorável. Mas perdemos. Faltou tática, trabalho, treino. Foi o que foi concordado na época...
Tanto é, que em 2010, o discurso foi totalmente inverso, e a seleção amiga e sorridente deu lugar ao rosto sisudo do técnico, e de um futebol organizado, mas aí sim, sem a centelha mágica da qual o esporte é conhecido no Brasil. No jogo contra Holanda, por conta disso, após tomarmos o segundo gol, não tivemos força ou opções para reverter aquela situação. Faltava O craque, que sobrava em 2006...
2014 chegou, e "energia" do futebol no Brasil traria o título pra casa. A torcida, o sinergia em torno da seleção verde-amarela. Tínhamos de fato um craque, que realmente agiu e como tal, levando o time até uma honrosa semi-final. Mas o perdemos. A "magia" havia se perdido e sem opções, e sem qualquer organização tática que pudesse manter o time ainda competitivo, vimos um massacre esportivo inimaginável.
Mas se você leu até aqui, está procurando a razão pelo título do meu texto, afinal tudo que fiz foi desfilar meu parco conhecimento padrão brasileiro de futebol.
O ponto em que quero chegar, é que consigo ver similaridades na vida da seleção com a nossa vida como cristãos.
A seleção crê na cultura do talento diferenciado, além do comum, que por si só leva ao triunfo, muitas vezes ignorando o fato de que isso já não é o suficiente para se chegar onde se deseja.
A crença exclusiva no sobrenatural, me faz pensar no cristão que se acostuma com a provisão misericordiosa do Deus, daquele jeito que acontece quando não tem mais nada pra se fazer.
O problema é quando essa crença no sobrenatural , assim como o da seleção, fica só nesse âmbito, sem a adição do esforço, da dedicação, da abnegação ou mesmo da negação do próprio conforto. Deus é de fato Todo-poderoso, sempre foi, sempre será. Ele É o EU Sou, nada antes D'ele, nem nada depois D'ele existe. Mas creio que o Pai tem interesse que os filhos assumam a posição de geradores de benção, ao invés de só a de receptáculo. Que entendamos que o "Deus te abençoe" que costumamos dizer, já aconteceu na forma de nossa proximidade daquele que precisa ser abençoado. Quando entendemos que Deus já respondeu aquela oração que fazemos por alguém que precisa, colocando a nossa vida perto da vida de quem precisa, usamos nossa crença no sobrenatural de Deus de forma a upgradear nossa atitude de ser benção.
Empatia é a maior benção pela qual deveríamos buscar e clamar. Seria como pedir pra Deus pra ser o que Ele nos criou pra sermos.